EIS A 53ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB


Dom Dulcênio Fontes de Matos
Bispo de Palmeira dos Índios

            A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, há pouco, encerrou a sua 53ª Assembleia Geral do Episcopado Brasileiro. Este encontro, que se deu em Aparecida, de 15 a 24 de abril, foi ocasião de muito trabalho para todos nós.
          A pauta de cada dia era sempre aberta com a celebração da Santa Missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Sentíamos um duplo afago: o da Virgem Maria ‘Aparecida’, Mãe da Igreja no Brasil, e dos romeiros que, ali, vão fazer a sua prece e o seu agradecimento. Logo após a Missa, dirigíamo-nos para o Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida para as nossas reuniões. Ao final de cada dia, alguns dos nossos colegas bispos, em coletiva de imprensa, faziam um breve apanhado das nossas atividades.
        Penso que, aqui, do lado de fora da Assembleia, as orações e as atenções dos nossos fiéis se dirigiam para a eleição da presidência da CNBB que ocorreu no dia 20. Foram eleitos o Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, o Arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, respectivamente Presidente e Vice-presidente da Conferência; e foi reeleito Dom Leonardo Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília, para o cargo de Secretário Geral. Também elegemos os presidentes para as doze comissões pastorais da CNBB, que atuarão neste quadriênio (2015-2018).
    Nesta Assembleia confirmamos a continuidade das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora (DGAE), após uma avaliação e incremento do texto e da ação já em curso na Igreja do Brasil que trata sobre a missão continental. Também discutimos sobre outros assuntos pertinentes: o Sínodo dos Bispos, no próximo outubro; o andamento da tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano; o laicato; o diaconato permanente; o Ano da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco; os cinquenta anos do Concílio Vaticano II; o Ano da Vida Consagrada; o tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, entre outros. 
        Outro assunto que a imprensa ressaltou bastante de nossas discussões é a opinião da Conferência dos Bispos do Brasil sobre a reforma política. Como instituição de prestígio na sociedade brasileira, a CNBB publicou uma nota dando o seu parecer, bem como oficializando um projeto de iniciativa popular encabeçada por ela mesma e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também, tivemos o nosso retiro espiritual. Este ano ajudou-nos na condução dos exercícios Dom Geraldo Lyrio, Arcebispo de Mariana, refletindo conosco a profundidade do tríplice múnus episcopal: o de ensinar, o de governar e o de santificar.
           Estar a cada ano da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil é, de forma subjetiva, motivo grande alegria por tomar parte, diretamente, das decisões relativas à caminhada da Igreja em nosso país; em saber que a nossa Diocese de Palmeira dos Índios está correspondendo às diretrizes e projetos que os bispos brasileiros pensam como via a ser percorrida para que a meta de fazer o Cristo mais conhecido e amado seja alcançada. Além, é claro, de encontrar-me com amigos bispos e, com eles, trocar experiências nas partilhas à luz do Evangelho.
           Que Nossa Senhora Aparecida, Estrela da Evangelização – como a intitulou o Papa Beato Paulo VI –, acompanhe-nos com a sua materna assistência! 

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