NOSSA ESPERANÇA ESTÁ NO SENHOR
Dom Dulcênio Fontes de Matos
Eis
que estamos no final do ano e, como sabemos, mais do que qualquer outra época,
esperamos o Salvador: é o Tempo do Advento. Advento, a expressiva palavra com
que a Liturgia abre o ano eclesial equivale à expectativa de uma virada, um
desejo, uma ansiosa espera, objeto de esperança Teologal. O povo judeu está
esperando por este dia, pois eles não entenderam que o Messias já veio e está
no meio de nós.
Lamentavelmente,
muitos cristãos, também ainda não conseguiram entender este fato. Apesar de
serem batizados, ainda não alcançaram o pleno entendimento de que Jesus nasceu,
cresceu, pregou a boa nova, fez milagres, fundou a Igreja morreu por todos e
cada um de nós e ressuscitou e que está presente a cada encontro de dois ou
mais dos seus seguidores, e em especial quando celebramos a Santa Missa e
fazemos tudo em memória dele.
Esta
Falta de compreensão leva muita gente a vacilar na fé e viver de modo errante.
Alguns até, são capazes de por não terem tido uma experiência forte com Jesus
Cristo, a abandonarem a Igreja dele ou então são, no mínimo, relapsos e pouco
assumem o seu batismo.
Estamos
vivenciando o Tempo de reverter este quadro, mudarmos nossa atenção para Ele,
fixar nossa atenção na vinda do Filho de Deus. É Natal! Se o Natal tem
significado para nós porque comemora o nascimento do Redentor, lembremo-nos
daqueles que Ele vem socorrer. O próprio Jesus acentua com fatos reais a
realidade de sua vinda: “Os cegos vêem, os paralíticos andam, os leprosos são
curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados”
(Mt. 11,5 e Lc 7,22). São sinais da vinda de Cristo no tempo, o cumprimento das
profecias, ainda que não plenamente, porque a vinda só será completa no final.
Quando
refletimos com os olhos da fé o nascimento de Nosso Senhor, percebemos que está
cheio de mistérios. Por que o Filho Unigênito de Deus quis vir ao mundo em tanta
pobreza, em lugar tão desprezível? Por que não quis celebrar seu aparecimento
na capital, em Jerusalém, em um dos muitos palácios que lá havia rodeado de
todo conforto? Digamos que o nosso bom Deus nos oferecendo como presente o
Menino Jesus, nosso salvador, deseja que imitemo-lo nas virtudes da pobreza e
da humildade. Diante dessa realidade chamo a atenção de todos: o Natal é um
tempo forte de Evangelização. É um momento propício para a igreja lançar-se,
ainda mais, no anúncio e fazer com que todos sejam atingidos pela mensagem do
“...nascer de novo...” ou de abrirem a porta do coração para aí, Jesus nascer.
Diante
dos últimos acontecimentos mundiais e, em especial, a violência que está
reinando em nosso meio, quem somos nós sem Deus? Disse o Apóstolo Pedro: “Para
onde iremos Senhor, só Tu tens palavras de Vida Eterna!” Eu, você e outros,
para onde iremos, sem as Palavras de Vida Eterna?
Que
o nosso bom Deus nos dê discernimento para acolhermos Jesus, sua Mãe Maria e
José. Mas que, também, possamos acolher a tantas pessoas necessitadas do amor
de Deus e que só receberão, (este amor), se as amarmos.
Feliz Natal e um Ano de Paz!
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