Bispo Diocesano

DOM MANOEL DE OLIVEIRA SOARES FILHO

Dom Manoel de Oliveira Soares Filho nasceu em 25 de setembro de 1965, no município paraense de São Domingos do Capim. É o quarto dos dez filhos do Sr. Manoel Ferreira Soares e da Sra. Dolores de Oliveira Soares. Seu pai era agricultor, inclusive, trabalhou na roça com ele até antes de ingressar no seminário. Como não havia igreja nas proximidades de sua casa, ouvia a Missa pelo Rádio e rezava o terço em família.
Quando surgiram as comunidades, engajou-se tanto na Igreja que a Ir. Raimunda Dorilene o convidou para ingressar no seminário. Foi então que, em 20 de fevereiro de 1983, iniciou seus estudos no Seminário Menor Santo Alexandre Sauli, em Bragança- PA. Cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano São Pio X e Teologia no Instituto Pastoral Regional, ambos em Belém- PA.
Foi ordenado Diácono, em 28 de junho de 1992, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Rondon do Pará- PA. Depois de ter exercido seu ministério diaconal principalmente em Santa Luzia do Pará, cidade homônima, foi ordenado Presbítero, em 26 de setembro de 1993, na Paróquia São Domingos de Gusmão, em sua terra natal, que, na época, pertencia a Diocese de Bragança. Ambas ordenações aconteceram com a Imposição das Mãos e Prece de Ordenação de Dom Miguel Maria Giambelli.
Teve uma vasta atuação pastoral, exercendo o seu ministério em diversas Paróquias; a saber: Paróquia de Santa Luzia do Pará, cidade homônima, de 03 de abril de 1994 a 11 de março de 2001; Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Ourém- PA, de 25 de março de 2001 a 25 de janeiro de 2009; Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Bragança- PA, de 22 de fevereiro de 2009 a 30 de abril de 2011; Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Irituia- PA, de 08 de maio de 2011 a 28 de janeiro de 2018; Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Dom Eliseu- PA, de 04 de fevereiro de 2018 até fevereiro de 2019.
Além do paroquiado, exerceu as funções de Coordenador Diocesano de Pastoral, de 1996 a 2001. Desde 2000, foi membro do Conselho Presbiteral. Também foi Vigário Episcopal da região 4 da Diocese de Bragança do Pará. Formou-se em Ciências da Religião pela Universidade Vale do Acaraú (UVA), em 2003, e em Sociologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2008. Possui pós-graduação em Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas e Ordenamento Territorial também pela UFPA, em 2013.
Após ter sido comunicado pela Nunciatura Apostólica no Brasil acerca da decisão do Papa Francisco, chegou ao conhecimento de toda Igreja, no dia 19 de dezembro de 2018, sobre sua nomeação para a vacante Diocese de Palmeira dos Índios, como seu quinto Bispo Diocesano. Em suas primeiras palavras ao seu novo rebanho, dirigidas por meio de uma carta datada de 21 de dezembro de 2018, disse:
Ainda sinto-me atordoado pelo abalo da nomeação do Santo Padre. No entanto, confio totalmente na Graça do Senhor e na sua Misericórdia para que nos dê a sabedoria de caminharmos juntos como seu rebanho [...] Conto com suas intensas orações. Se rezaram pedindo um Bispo, peço-vos, ainda mais, que rezem mais, para que juntos, como povo de Deus, possamos dar continuidade a essa Igreja Particular de Palmeira dos Índios que outros começaram e que agora é confiada em nossas mãos. 
No dia 14 de janeiro de 2019, pela primeira vez, esteve no território da Diocese palmeirense. Reunido com o clero, dia 15, em Santana do Ipanema- AL, externou seu desejo de criar comunhão e que recebia o episcopado como uma missão. Acompanhado por Dom Genival Saraiva, então Administrador Apostólico de Palmeira dos Índios, conheceu a Catedral e outros prédios e organismos diocesanos. No dia 16, dirigiu-se a Maceió- AL, onde visitou o Arcebispo Metropolitano Dom Antônio Muniz Fernandes. Ainda neste dia, retornou ao Pará.
A ordenação episcopal aconteceu na sede de sua Diocese de origem, em 24 de fevereiro de 2019, tendo como sagrante principal Dom Jesús Maria Cizaurre, Bispo de Bragança- PA, e como consagrantes Dom Carlos Verzeleti, Bispo Diocesano de Castanhal- PA, e Dom Luis Ferrando, Bispo Emérito de Bragança.
Tornou-se, deste modo, o primeiro padre do clero diocesano de Bragança elevado ao episcopado. Como lema episcopal, manteve o de seu presbiterado: “Por tua palavra, lançarei as redes” (Lc 5,5). A solene Posse Canônica, em Palmeira dos Índios, realizou-se em 10 de março de 2019.


BRASÃO EPISCOPAL

Descrição heráldica:

Brasão de escudo ibérico pleno, em metal dourado.
No cantão superior direito, uma peça única formada por um M encimado por uma cruz latina, em esmalte azul.
No cantão esquerdo, firmadas sobre um monte, duas Palmeiras de Açaí (Euterpe Oleracea), em suas cores naturais, carregadas de seu fruto.
Ao centro, um barco navegando sobre o mar, em cuja vela se encontra a silhueta do Divino Espírito. Do barco pende uma rede de pesca, em preto.
A Cruz processional, em metal dourado, cravejada de esmeraldas.
Brocante ao todo, o Chapéu Eclesiástico verde, forrado de vermelho, com seus cordões pendentes em cada flanco terminados em seis borlas, doze ao todo, distribuídas em três ordens 1, 2 e 3.
Sob o todo, um listel de ouro, forrado de azul, carregado da divisa portuguesa POR TUA PALAVRA, LANÇAREI AS REDES, em preto.

Descrição simbólica:

O conjunto da Cruz processional e o Chapéu Prelatício confere ao todo a dignidade episcopal.
O M com a Cruz: é símbolo de Nossa Senhora, aquela que conduz o navegante ao Porto Seguro e que sempre o orienta a fazer tudo o que seu Filho disser (Jo 2,5). Maria, exemplo de discípula fiel, Mãe da Igreja, Estrela da Evangelização.
Os açaizeiros: fazem referência à origem paraense por meio das palmeiras de açaí, que fornecem seu fruto muito utilizado pela gastronomia local.
A barca, o mar e a rede: A barca de Pedro é a Igreja no mar do mundo, sempre a ‘pescar’ homens para Cristo, cuja rede é o anúncio da salvação pela pregação e pelo testemunho. Tal barca tem sua vela impulsionada pelo Sopro impetuoso que é o Espírito Santo.
“Por tua palavra, lançarei as redes” (Lc 5,5), depois da dureza de uma noite de trabalho, causa espanto a resposta de Pedro, manifestando um ato de confiança na palavra de Jesus. Tal impostação ganha ainda mais força no evangelho de João, onde esta perícope é relocada para a aparição do Ressuscitado, e lá ouviremos a profissão de fé dos Apóstolos: “É o Senhor!” (Jo 21,7). Assim, parece claro que o sucesso da missão da Igreja está além da objetividade das forças e capacidades humanas, mas depende absolutamente do Senhor, somente Ele concretiza e possibilita toda ação humana.

Comentários

  1. A paz de nosso Senhor Jesus Cristo.Continui sendo esse Pastor maravilhoso sempre.

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