DIA MUNDIAL DA ÁGUA É CELEBRADO COM MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS NA DIOCESE DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS
A Comunidade de Lagoa Grande dos Basílios e
Guaribas no Município de Igaci, celebrou o Dia Mundial da Água, com a Santa
Missa em Ação de Graças pelas 130
cisternas construídas nestas Comunidades beneficiando 130 famílias,
completando assim a meta de mil cisternas construídas no município pela Cáritas
Diocesana em parceria com a ASA-Brasil, a ASA de Alagoas e apoio do Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A celebração reuniu mais de
200 pessoas na Comunidade.
A Celebração Eucarística presidida pelo
Pastor Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos, auxiliado pelos seminaristas, foi
um ápice do desafio enfrentado pelas famílias e pela Cáritas de construir 1000
cisternas no município em menos de um ano, favorecendo as famílias o acesso à
água de qualidade através da instalação de tecnologia social de captação e
armazenamento de água de chuva para consumo humano.
Já na acolhida Dom Dulcênio destacou o motivo
da Ação de Graças: Agradecer a Deus pela água simbolizada pelas cisternas e
comemorar o Dia Mundial da Água. Animada pelo coral da Comunidade a celebração
continuou e a Palavra de Deus foi entronizada por um casal que solenemente
trazia a Bíblia e a vela até o altar.
Na homilia Dom Dulcênio destacou o momento da
quaresma que a Igreja vive a cada ano, momento de conversão, de mudança de
vida, com ênfase no Evangelho de São João onde Jesus convoca o povo a segui-
Lo, dizendo que quem não abraça a cruz não conhecerá a ressurreição. Toda
ressurreição passa pela cruz, ou seja, pelo sofrimento ilustrando com o exemplo
da água: antes das cisternas as famílias e principalmente as mulheres sofriam
com a falta de água, mas esse sofrimento acabou com a conquista das cisternas e
da água, é a ressurreição acontecendo na vida das comunidades e das milhares de
famílias atendidas por esses projetos. Destaca a importância das mulheres no
serviço da evangelização lembrando que estas foram escolhidas por Jesus a serem
as primeiras a verem O ressuscitado.
Ao falar do dia da água Dom Dulcênio lembra
que a falta de água é causada pela falta de cuidado com o planeta. Que antes os
nossos pais, avós e bisavós para garantir o sustento das famílias, praticavam
uma agricultura destruidora do meio ambiente por falta de conhecimento e
informação, contudo hoje quem ainda utiliza essas práticas é criminoso. Diz que
“precisamos adquirir a consciência da
corresponsabilidade do cuidado com a natureza. Se continuarmos matando o
planeta o que vamos deixar para as futuras gerações”? Dom Dulcênio destaca
ainda que o Papa Francisco está elaborando uma Encíclica sobre o planeta e a
ecologia.
Enquanto o coral da comunidade cantava o
canto do ofertório, crianças da comunidade trouxeram para o altar símbolos da
vida e do trabalho do povo: terra, água, sementes e frutos, os quais foram acolhidos por Dom Dulcênio e
colocados aos pés do altar.
Após a bênção final os agentes da Cáritas e
voluntários da Cáritas foram apresentados à comunidade e em seguida todos
saíram em procissão até uma casa para a bênção da cisterna. Reunidos em torno
da cisterna, a oração do Pai – Nosso e um louvor a Nossa Senhora precedeu a bênção
da cisterna quando Dom Dulcênio aspergindo água benta ampliou a bênção as
demais cisternas e famílias. Um lanche foi oferecido pela comunidade na sede da associação a todos os
participantes.
Por Maria Aparecida Mafra – Articuladora estadual da
Cáritas Brasileira NE 2/CDPI
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