EIS O BRASÃO DE NOSSO BISPO
O
presente artigo intenta fazer uma exposição sobre o significado do brasão
episcopal de Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo de Palmeira dos Índios- AL,
mas numa ótica mais simbólica do que histórica, no que concerne ao estudo da
heráldica. Em suma, os brasões surgiram como meios de identificação de pessoas,
famílias, grupos e, outrossim, a própria Igreja adotou e mantém o uso deste valioso
e belo instrumento, porque não dizer, de comunicação, pois nos brasões estão
impressas as características mais afetivas e efetivas de seu possuidor.
Sobre o brasão de sua excelência está o
“galero”, uma espécie de chapéu clerical com abas largas, do qual saem doze
borlas, tudo na cor verde, indicando o seu grau na hierarquia eclesiástica:
neste caso, Bispo. Por trás do escudo está a cruz processional, na qual se
varia, entre bispo e arcebispo, a haste horizontal. Colocamos, a seguir, a explicação
sobre o escudo do artista que fez o brasão: “Sob um fundo azul, que simboliza a
Imaculada Conceição, sobressai a Cruz Redentora do Senhor (em vermelho), cujo
Sangue nela derramado deu vida (cor dourada), no mundo que se encontra por ela
envolvido. Tal Sangue Redentor continua perpetuado na Igreja, onde a Eucaristia
é celebrada para alimentar multidões (Jo 6,51), como o fez Jesus com os cinco
pães e dois peixes. Por ela, o Senhor se faz alimento e fortalece o seu povo na
comunidade para o Reino definitivo, sob a guia e pastoreio que Ele mesmo exerce
no Ministério Episcopal”.
Sob o brasão está o lema episcopal
de Dom Dulcênio: “PRO MUNDI VITA” (Para a vida do mundo), esta frase retirada
de João 6, 51, onde Jesus se oferece à humanidade como verdadeiro alimento para
a vida plena, faz, no brasão, um interessante e fecundo encontro com outras
passagens dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e do próprio João,
que relatam Jesus multiplicando os pães e peixes para alimentar as multidões
que o escutava. Em síntese, fazendo um paralelo entre as passagens bíblicas,
nas multiplicações, é visível nos relatos evangélicos, o sentimento de
compaixão pelo povo que move Jesus, e lhes oferece para aquele momento um
alimento perecível, entretanto, é na Eucaristia que Ele lhes dá o verdadeiro
alimento, seu próprio corpo e sangue, que não acaba somente com a fome
corporal, mas sacia a alma que tem sede e fome de Deus.
Portanto, fica evidente o anseio de
Dom Dulcênio de ser ministro do Senhor oferecendo o verdadeiro e precípuo
alimento: o Pão da Vida. Como verdadeiro sucessor dos Apóstolos, devem ser
visíveis nos seus gestos e na celebração dos sacramentos, de modo singular na
Santa Missa, as mesmas ações de compaixão e amor que moveram Jesus, o Bom
Pastor, a se entregar pelo rebanho, indo “às periferias da existência”, aos
sertões ressequidos das almas, para dá a vida, para que o mundo viva e viva em
plenitude!
Seminarista Joelder Pinheiro Correia de Oliveira
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