O MINISTÉRIO DE LEITOR
A Igreja institui desde tempos antiquíssimos alguns
ministérios, que tem por finalidade o louvor devido e o culto a Deus, bem como o
serviço ao povo de Deus. Alguns desses ofícios, pouco a pouco passaram a ser
instituições anteriores as ordens sacras, inicialmente chamadas de ordens
menores, como etapas aos candidatos ao sacerdócio.
Mantendo-se o que é oportuno e se introduzindo o que
se julga necessário, a Igreja atualizou a luz do Evangelho os ministérios,
assim, conservou-se dois ofícios apenas, o de Leitor e o de Acólito. Destarte,
o Leitor e todos os fiéis cheguem à plena, consciente e ativa participação na
celebração litúrgica,de modo quecada um faça tudo e só o que lhe compete,
segundo a natureza da liturgiae suas normas (PONTIFICAL, pp. 243-244).
Aos candidatos ao Diaconato e ao Presbiterato lhe é conferido
o ministério de Leitor. Este lhe é dado por tempo conveniente, tendo em vista
uma melhor preparação para os ministérios de Diácono e Presbítero. É importe
que no serviço tenham sempre presentes o Verbo encarnado, pois, “esta palavra
está bem ao teu alcance, para que a possas cumprir” (Dt 30,11).
O ministério de Leitor é conferido em uma ocasião e
o de acólito em uma outra ocasião, de modo que eles não sejam dados simultaneamente
ao mesmo indivíduo.Mas que aja entre um e outro um pequeno espaço de tempo
estabelecido por direito a quem compete (CERIMONIAL, nn. 790-793).
Na celebração eucarística ou da Palavra de Deus, os candidatos
são chamados e apresentados diante do Bispo e do povo de Deus. Destarte, são
chamados a terem presentes a Palavra de Deus. “E trarás gravadas em teu coração
estas palavras” (Dt 6,6).
O Leitor é instituído para a função que lhe é
própria, ou seja, a leitura da Palavra de Deus nas assembleias litúrgica. Dessa
forma, na missa e nos demais atos sagrados, é de sua competência as leituras da
Sagrada Escritura, exceto, o Evangelho. Apresentará as intenções das orações
dos fiéis, bem como instruir os mesmos para receber dignamente os sacramentos.
Poderá na medida do possível, preparar outros fiéis que sejam atribuídos
temporariamente a leitura da Sagrada escritura nos atos sagrados.
O Leitor procure com assiduidade meditar a Sagrada
Escritura. Consciente do ofício esforce-se cada vez mais e persevere na
misericórdia que é caritativa e no aprofundamento da Sagrada Escritura, tendo
em vista torna-se discípulo mais perfeito do Senhor (PONTIFICAL, p. 245). Pois,
“ toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar” (2Tm 3,16).
Olho d’Água do
Casado/ AL, dezembro de 2015.
Marcos Renildo
da Silva França
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