ABERTURA DAS FESTIVIDADES DE 180 ANOS DA PARÓQUIA DE SENHORA SANTANA

     

      Aconteceu na noite do dia 24 de fevereiro, do ano em curso, a abertura das celebrações dos 180 anos de ereção canônica da vetusta Paróquia de Senhora Santana, Santana do Ipanema- AL. A abertura foi realizada com a procissão que saiu da Paróquia vizinha de São Cristovão, levando a Imagem da Padroeira em direção a Igreja matriz de Senhora Sant’Ana, ao chegar, Sua Excelência Reverendíssima Dom Dulcênio, Bispo diocesano, presidiu a Santa missa concelebrada pelos padres que exercem seus ministérios na cidade, e com a participação de todo o povo de Deus presente. Exatamente há 179 anos, a “freguesia do Ribeira do Panema” desmembrava-se também de uma das mais antigas paróquias das Alagoas, a Paróquia de Traipú, ainda na época do Brasil império, quando pertencíamos até então à primeira e única diocese do Brasil, a de São Salvador, na Bahia. Santana naquele tempo ainda não era um município autônomo, politicamente falando.
            De lá para cá, já passaram 28 sacerdotes. Cada um com o seu carisma e jeito de ser próprio, deixaram profundas marcas neste solo santanense, cada um foi se eternizando na vida de seu povo, fincando-se em nosso chão quais lábaros que jamais se desgastaram e pereceram, mesmo diante da transitoriedade e caducidade do tempo. Quem até hoje não se recorda da figura santa que foi ao mesmo tempo o desbravador destas terras do Ribeira do Panema: Pe. Francisco Correia, Mons. Capitulino, Cônego José Bulhões, figura intrépida, temida todavia, homem de bom coração. E o cônego José Medeiros que reformou nossa Igreja Matriz, tão imponente templo, que se confunde com as catedrais. E o cônego sorriso, Pe. Luiz Cirilo Silva, que com o seu jeito de ser conquistou todos os santanenses até os dias de hoje?
            Pois é, tais homens de dores, foram outrossim gigantes na fé. Lembrar destas grandes figuras, destes vultos ilustres é fazer jus o que nos diz a Sagrada Escritura, na carta aos Hebreus: “Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e, considerando a o fim da vida, imitai-lhes a fé.” (Hb 13,7). Grandes legados de fé, retidão, cultura, e, amor ao próximo, eles nos deixaram. Com certeza, estão a pedir por nós nos paços celestes, junto à Trindade Santíssima.
            A nós, hoje, cabe fazermos não somente um apanhado histórico de tudo isto, senão também, como “povo de Deus”, fazer valer nossa fé, e fazer muito com que cresça o nosso amor por Jesus Cristo, sempre mais, para que, cultivando daqui o que fora plantado por nossos antepassados, aprendamos a ser de fato, conscientes do nosso batismo, que nos fez ser filhos do Pai Celeste, por Cristo, no Espírito Santo. Uma igreja mais viva, mais missionária, evangelizada e evangelizadora, uma igreja que venha ser de fato aquilo que o Cristo tanto deseja: “sal da terra e luz do mundo”.
            Parabéns, Paróquia e paroquianos de Senhora Sant’Ana. Avante! Com a graça de Deus e os rogos de nossa excelsa Padroeira, que também o seu nome emprestara a estas tuas terras de Santana do Ipanema.

Pe. Adalto Alves Vieira, Pároco









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