SEMINÁRIO MARCA ABERTURA OFICIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE NO REGIONAL NE2 DA CNBB
Na última sexta-feira, 28 de fevereiro, Dom
Manoel Filho, Bispo Diocesano, participou da abertura oficial da Campanha da
Fraternidade 2020 no Regional NE2 da CNBB, ocorrida na capital alagoana,
Maceió, reunindo os bispos do Regional e centenas de pessoas em um seminário
que alertou sobre os perigos que ameaçam a vida.
Este ano, a CF tem como tema “Fraternidade e
vida: dom e compromisso” e lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc
10,33-34). Portanto, inspirada na parábola do Bom Samaritano e na vida da santa
brasileira, santa Dulce dos Pobres, a Igreja Católica quer estimular a caridade
e o cuidado com a vida.
Dom Paulo Jackson, bispo de Garanhuns e
presidente do regional, falou sobre a importância do tema, em uma época onde a
vida se tornou banalizada. “A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema
Fraternidade e Vida, dom e compromisso. E a Igreja pretende, com esse tema,
focar em alguns aspectos, como a defesa à natureza, a violência e a banalização
da vida e da violência no Brasil”.
Ele tocou ainda em um assunto que está
chamando a atenção dos bispos do regional, os altos números de suicídio e
automutilação. “Temos feito visitas nas escolas, e encontramos centenas de
jovens que estão se automutilando, perdendo o sentido da vida, com famílias
fragmentadas, pais violentos. Um dia uma adolescente me disse: Dom Paulo. Estou
com meu pai preso em Pesqueiras e minha mãe em Buíque. São duas cidades de
Pernambuco. Como essa adolescente pode viver? Além dos casos de abusos. Eles
estão dando esse grito silencioso na automutilação e dizendo para os pais,
educadores, líderes religiosos: olhem para nós. Além das tentativas e
realizações do suicídio. Essas devem ser umas das nossas preocupações na
Campanha da Fraternidade deste ano”.
O professor Anderson de Alencar Menezes,
durante o seminário, destacou as feridas que machucam a sociedade atual. “Temos
três grandes chagas do nosso tempo, o suicídio, a desigualdade da distribuição
de renda e a ausência de sensibilidade moral”.
Para ele, vivemos em uma sociedade “líquida”
onde os laços estão sendo banalizados. “Vivemos um canibalismo verbal com a
falência do diálogo, criando instabilidade emocional, onde as pessoas se
compreendem de forma superficial”. E, sobre o cuidado com a natureza, lembrou o
egoísmo que a humanidade possui. “Não temos que nos preocupar apenas com o
presente, mas com as gerações futuras”.
Já o psicólogo Júnior Amaranto explanou sobre
os “cárceres privados” existentes em cada individuo, abordando a depressão como
a doença que, em 2020, mais atingirá pessoas no mundo. “Ter depressão não é
frescura, nem falta de Deus. É uma doença que precisa ser tratada”.
O profissional lembrou que jovens procuram as
drogas como forma de anestesiar as suas vidas e que o diálogo e a demonstração
de afeto são as principais armas contra isso.
Com informações de Marcos Filipe Sousa/ Pascom
Arquidiocesana de Maceió
Fotos: Carolina Alencar/ Pascom Arquidiocesana de Maceió
Mais informações: https://www.centenarioarqmaceio.com.br/noticias/bispos-alertam-sobre-os-perigos-que-ameacam-a-vida-em-abertura-da-cf-2020-do-regional-ne2-em-maceio/
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por seu comentários em breve manteremos contato.