O GRANDE DIA DA PÁSCOA


Não temais! Sei que estais procurando Jesus, o crucificado. Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito.” (Mt 28, 5)

Passados os dias da quaresma, chegamos ao “dia que o Senhor fez para nós” (Sl 118, 24). O Senhor está vivo! Eis a grande notícia que os anjos dão àquelas mulheres que, entristecidas, vão zelar do túmulo de Jesus. Eis o mistério central da nossa fé! A Páscoa é o centro de todo o ano litúrgico da Igreja. É para ele que se dirigem todos os outros tempos, encontrando também o seu sentido, pois, como afirma a primeira carta aos coríntios “se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé. (1 Cor 15, 14).
Depois do domingo de Páscoa a Igreja vive o tempo pascal. São sete semanas em que se celebra a presença do Cristo ressuscitado entre os apóstolos. A primeira semana é chamada de ‘oitava da Páscoa’, nestes dias celebra-se com a mesma solenidade e importância o dia da Páscoa, formando-se como que um grande e único dia. Assim, a oitava expressa a grandiosidade do mistério pascal, que deve ser bem vivido e celebrado. É curioso que durante este tempo não se diz ‘terceiro domingo depois da Páscoa’, por exemplo, mas sim ‘terceiro domingo de Páscoa’. Para nós ela não deve se resumir a somente um dia, uma ceia, ou a ovos de chocolate. A páscoa não é somente um dia, é um tempo!
É preciso que estejamos com o coração aberto para permitir que o Senhor ressuscitado possa entrar e nos libertar do ‘Xeol’ (mansão dos mortos), em que tantas vezes nos encontramos por conta dos nossos pecados. Para que ao avistarmos sua Luz, corramos-lhe ao encontro e, jogando-nos aos seus pés, escutemos o mesmo que ele disse às santas mulheres: “Não temais!” (Mt 28, 10); “Eu te ordeno: acorda tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos[...]” (De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo; sec. IV). E nós confiantes responderemos tão qual Maria de Magdala: “Rabbuni! (Que quer dizer mestre)” (Jo 20, 16) e N’Ele encontraremos a nossa paz e faremos também a nossa Páscoa. “Pois em Vós está a fonte da Vida, em vossa luz vemos a luz.” (Sl 36, 10)
Mesmo diante de tempos tão difíceis e dolorosos devemos estar alegre e jamais podemos perder a confiança no Senhor. Pois, por que temer se o Senhor está ao nosso lado? Que a cada vez mais possamos reanimar-nos uns aos outros lembrando-nos sempre: Ele ressuscitou, Aleluia!
Feliz páscoa!
Jose Paulo de Sousa Ferreira Silva.
Seminarista do 4º ano de Filosofia

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