Chegada da Cruz da JMJ e do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na Diocese de Palmeira dos Índios


Seminarista Alex Sandro 

Guilhermino dos Santos. 


Depois de tanta expectativa e preparação, finalmente, nos dias 21 e 22 de janeiro, a Diocese de Palmeira dos Índios recebeu a tão aguardada Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude, bem como o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 

Cruz e ícone foram recebidos pelo bispo diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, e pelos jovens do movimento Bote Fé. À entrada da cidade deu-se o encontro destes com os jovens da Diocese de Caruaru de onde a cruz e o ícone vieram transladados por estes e pelo seu bispo, Dom Bernardino, que, ao lado de Dom Dulcênio, concelebrara a Santa Missa campal, em frente ao Santuário de Nossa Senhora do Amparo, onde, juntamente com outros sacerdotes, seminaristas e muitos outros jovens, a cruz e o ícone eram aguardados desde as nove horas da manhã.

Após a Santa Missa a cruz e o ícone foram levados ao interior do santuário para veneração e em seguida houve adoração ao Santíssimo Sacramento até as três horas da tarde; hora em que os mesmos saíram de Palmeira dos Índios em direção à Santana do Ipanema, passando pelas cidades e povoados que ladeavam a rodovia e onde sempre havia outras pessoas – a maioria, jovens – à espera da passagem da cruz. Assim foi em Canafístula, Estrela de Alagoas – primeira parada da cruz em caminho a Santana –, povoado Mata Burro, Cacimbinhas e Dois Riachos.

Chegando a Santana, a comitiva foi recepcionada por milhares de pessoas na entrada da cidade, de onde seguiu em procissão pelas principais ruas até a Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana, que, nesta mesma ocasião, durante a Santa Missa campal, presidida por Dom Dulcênio e concelebrada por outros sacerdotes, foi instituída como santuário até o jubileu áureo da diocese (19 de agosto de 2012).

A alegria de todos que participavam deste momento era efusiva. Caravanas vindas de várias paróquias da diocese se concentraram aí e segundo estimativas, durante a Santa Missa, estavam presentes de oito a dez mil pessoas, das quais, no mínimo 80% eram jovens, superando as expectativas até do próprio bispo, como ele mesmo confessara. Com muito entusiasmo, nosso pastor diocesano agradeceu a todos que estavam envolvidos na organização de tão grande e esperada festa: aos padres; aos seminaristas que, durante a pastoral de férias, reuniram-se com os jovens e com as lideranças dos grupos jovens para motivá-los, prepará-los e conscientizá-los da importância e da grandeza deste momento; e, principalmente, a todos que estavam presentes e que, indubitavelmente, embelezaram este evento, fazendo dele uma grande festa.

Após a Santa Missa, a animação ficou por conta de bandas católicas até a meia noite, quando começou a vigília de adoração ao Santíssimo, durante a qual muitos jovens participaram devotamente e que terminou com a Benção do Santíssimo, às seis horas da manhã,  presidida pelo pároco, Padre Adalto.

Às oito horas houve a Santa Missa Dominical, presidida pelo bispo diocesano e concelebrada pelo bispo Dom Fernando Rodrigues Guimarães, da Diocese de Garanhuns, para onde a Cruz e o ícone prosseguiriam logo após.. Antes da bênção final, com voz embargada e lágrimas nos olhos, Dom Fernando, falou de sua emoção em participar da chegada da Cruz que ele  presenciou sendo abençoada pelo beato Papa João Paulo II, em 1984, e sendo entregue à juventude do mundo inteiro.

Saindo de Santana do Ipanema, a Cruz e o ícone ainda pararam rapidamente na Fazenda da Esperança, à entrada da cidade de Poço das Trincheiras e na cidade de Maravilha. Na última das cidades da diocese de Palmeira dos Índios por onde a Cruz passara antes de chegar a Pernambuco –Ouro Branco– uma impressionante e inesperada multidão de, aproximadamente, duas mil pessoas, esperavam às margens da rodovia. Contudo, visto que a chegada à Diocese de Garanhuns já estava atrasada em mais de uma hora, não foi possível fazer uma parada como merecida pela receptividade de um povo tão acolhedor e a Cruz e o ícone seguiram em direção a Águas Belas, na Diocese de Garanhuns, onde chegara às treze horas, para daí prosseguir por outras dioceses do Brasil até que jovens de todas as dioceses do Brasil e de muitos outros países encontrem-se novamente com ela no Rio de Janeiro, em 2013 e com o Santo Padre, o Papa Bento XVI, por ocasião de sua vinda ao país.

Esta Cruz peregrina atrai, une, mobiliza, emociona, convida a todos, e principalmente aos jovens para, como Cristo, carregarem a Cruz em suas lutas, limitações e anseios. Ela alimenta expectativas de um encontro, não apenas com o papa, mas com o próprio Cristo. Ela direciona nosso olhar para enxergarmos que a juventude ainda é o futuro do mundo, do país, da diocese, pois são estes milhares de jovens que atenderam ao chamado para recebê-la, acompanhá-la, carregá-la, venerá-la, que serão: os pais que, num futuro breve, terão a difícil missão de educar seus filhos na fé, em um mundo que rema contra a fé; os sacerdotes que, no futuro, difundirão os valores cristãos que a chamada “sociedade moderna” tanto quer destruir; os políticos que terão a missão de viver a honestidade em um ambiente onde esta virtude é mais uma excessão do que uma regra; os profissionais que se dedicarão a trabalhar pela melhoria da vida dos outros num mundo que prega primeiro a busca pela satisfação dos interesses individuais em detrimento do bem estar coletivo. Estes jovens são aqueles que creem no Cristo que não está pregado naquela cruz por que ressucitou pela salvação de todos eles, de todos nós que temos um coração jovem, como o coração de Cristo que, ainda jovem, foi transpassado por uma lança até que a última gota de seu sangue fosse entregue por nós.

Esta Cruz que não anda sozinha, mas, acompanhada pelo ícone, lembra-nos que a Mãe de Cristo esteve a todo instante aos pés da Cruz, acompanhando cada sofrimento de seu filho, assim como acompanha ainda nossos sofrimentos em nossas cruzes diárias.

Aquela Cruz peregrina prossegue seu caminho, mas deixou cravado em nossos corações, no coração da diocese, o desejo do encontro, com o papa, com o Cristo, com Maria. Agora, o bispo, os padres, os seminaristas, todo o povo de Deus, toda a diocese de Palmeira dos Índios espera não apenas pelo seu jubileu áureo, mas também pela culminância do momento para o qual a cruz e o ícone vieram nos convidar a participar – não pelo que são em si, mas pelo que representam. Convite este dirigido especialmente, pelo próprio Cristo, a cada coração.
É nesta juventude que a diocese bota fé.





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