Chegada da Cruz da JMJ e do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na Diocese de Palmeira dos Índios
Guilhermino dos Santos.
Depois de tanta expectativa e
preparação, finalmente, nos dias 21 e 22 de janeiro, a Diocese de Palmeira dos
Índios recebeu a tão aguardada Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude,
bem como o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Cruz e ícone foram recebidos pelo
bispo diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, e pelos jovens do movimento Bote
Fé. À entrada da cidade deu-se o encontro destes com os jovens da Diocese de
Caruaru de onde a cruz e o ícone vieram transladados por estes e pelo seu
bispo, Dom Bernardino, que, ao lado de Dom Dulcênio, concelebrara a Santa Missa
campal, em frente ao Santuário de Nossa Senhora do Amparo, onde, juntamente com
outros sacerdotes, seminaristas e muitos outros jovens, a cruz e o ícone eram
aguardados desde as nove horas da manhã.
Chegando a Santana, a comitiva
foi recepcionada por milhares de pessoas na entrada da cidade, de onde seguiu
em procissão pelas principais ruas até a Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana,
que, nesta mesma ocasião, durante a Santa Missa campal, presidida por Dom
Dulcênio e concelebrada por outros sacerdotes, foi instituída como santuário
até o jubileu áureo da diocese (19 de agosto de 2012).
Após a Santa Missa, a animação
ficou por conta de bandas católicas até a meia noite, quando começou a vigília
de adoração ao Santíssimo, durante a qual muitos jovens participaram
devotamente e que terminou com a Benção do Santíssimo, às seis horas da
manhã, presidida pelo pároco, Padre
Adalto.
Às oito horas houve a Santa Missa
Dominical, presidida pelo bispo diocesano e concelebrada pelo bispo Dom
Fernando Rodrigues Guimarães, da Diocese de Garanhuns, para onde a Cruz e o
ícone prosseguiriam logo após.. Antes da bênção final, com voz embargada e
lágrimas nos olhos, Dom Fernando, falou de sua emoção em participar da chegada
da Cruz que ele presenciou sendo
abençoada pelo beato Papa João Paulo II, em 1984, e sendo entregue à juventude
do mundo inteiro.
Saindo de Santana do Ipanema, a
Cruz e o ícone ainda pararam rapidamente na Fazenda da Esperança, à entrada da
cidade de Poço das Trincheiras e na cidade de Maravilha. Na última das cidades
da diocese de Palmeira dos Índios por onde a Cruz passara antes de chegar a
Pernambuco –Ouro Branco– uma impressionante e inesperada multidão de,
aproximadamente, duas mil pessoas, esperavam às margens da rodovia. Contudo,
visto que a chegada à Diocese de Garanhuns já estava atrasada em mais de uma
hora, não foi possível fazer uma parada como merecida pela receptividade de um
povo tão acolhedor e a Cruz e o ícone seguiram em direção a Águas Belas, na
Diocese de Garanhuns, onde chegara às treze horas, para daí prosseguir por
outras dioceses do Brasil até que jovens de todas as dioceses do Brasil e de
muitos outros países encontrem-se novamente com ela no Rio de Janeiro, em 2013
e com o Santo Padre, o Papa Bento XVI, por ocasião de sua vinda ao país.
Esta Cruz peregrina atrai, une,
mobiliza, emociona, convida a todos, e principalmente aos jovens para, como
Cristo, carregarem a Cruz em suas lutas, limitações e anseios. Ela alimenta
expectativas de um encontro, não apenas com o papa, mas com o próprio Cristo.
Ela direciona nosso olhar para enxergarmos que a juventude ainda é o futuro do
mundo, do país, da diocese, pois são estes milhares de jovens que atenderam ao
chamado para recebê-la, acompanhá-la, carregá-la, venerá-la, que serão: os pais
que, num futuro breve, terão a difícil missão de educar seus filhos na fé, em
um mundo que rema contra a fé; os sacerdotes que, no futuro, difundirão os valores
cristãos que a chamada “sociedade moderna” tanto quer destruir; os políticos
que terão a missão de viver a honestidade em um ambiente onde esta virtude é
mais uma excessão do que uma regra; os profissionais que se dedicarão a
trabalhar pela melhoria da vida dos outros num mundo que prega primeiro a busca
pela satisfação dos interesses individuais em detrimento do bem estar coletivo.
Estes jovens são aqueles que creem no Cristo que não está pregado naquela cruz
por que ressucitou pela salvação de todos eles, de todos nós que temos um
coração jovem, como o coração de Cristo que, ainda jovem, foi transpassado por
uma lança até que a última gota de seu sangue fosse entregue por nós.
Esta Cruz que não anda sozinha,
mas, acompanhada pelo ícone, lembra-nos que a Mãe de Cristo esteve a todo
instante aos pés da Cruz, acompanhando cada sofrimento de seu filho, assim como
acompanha ainda nossos sofrimentos em nossas cruzes diárias.
Aquela Cruz peregrina prossegue
seu caminho, mas deixou cravado em nossos corações, no coração da diocese, o
desejo do encontro, com o papa, com o Cristo, com Maria. Agora, o bispo, os
padres, os seminaristas, todo o povo de Deus, toda a diocese de Palmeira dos
Índios espera não apenas pelo seu jubileu áureo, mas também pela culminância do
momento para o qual a cruz e o ícone vieram nos convidar a participar – não
pelo que são em si, mas pelo que representam. Convite este dirigido
especialmente, pelo próprio Cristo, a cada coração.
É nesta juventude que a diocese
bota fé.
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