NOVOS DIÁCONOS PARA A IGREJA

 

Na tarde do dia 17 de fevereiro último, Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo de Palmeira dos Índios, ordenou diáconos os seminaristas Bruno Igor, Edgar Alves, Leandro Marques e Siloel Mendonça. A celebração foi iniciada pontualmente às 17h na Catedral Diocesana em Palmeira dos Índios, com a procissão de entrada. Especialmente na Ordenação Diaconal ocorre uma mudança radical na vida dos ordenados. Isso é visível já no momento inicial da Santa Missa quando, na referida procissão de entrada, os candidatos à Ordem, segundo a Cruz, entram pela ultima vez como sempre o fizeram. Ou seja, entram Laicos e saem Clérigos! É na ordenação diaconal que os compromissos radicais da vida consagrada, como o celibato, a oração diária do Oficio Divino e a pertença ao Serviço Sagrado, são assumidos até o fim da vida.
Durante a homilia, o bispo explicou a natureza da Ordem em seus três graus (Episcopado, Presbiterado e Diaconado) dando ênfase ao grau terceiro, o do serviço. É especificamente isso que ser dizer a expressão diácono: servidor, aquele que está pronto ao serviço. Serviço no qual o consagrado encontra-se entre as limitações da vida e a grandeza de Deus e, por isso, deve sempre buscar no Senhor sua fortaleza e seu amparo. Ao apresentar o profeta Jeremias como exemplo de servidor, o bispo apontou a relação íntima entre Deus e o eleito e a necessidade de confiar nEle em todas as situações da vida, crendo na fidelidade do Senhor: “Eu estarei contigo para te libertar”.
Conforme o Rito de Ordenação, os eleitos respondem sua ultima questão vocacional da qual depende o prosseguimento da ordenação. Essa questão é traduzida em cinco perguntas que o bispo lhes faz interrogando os ordenados quanto a sua vontade de seguir a Cristo como diáconos. Isso tem sua razão de ser uma vez que a Ordem não é uma autoridade que se dá, mas da qual se participa! Não é o diácono, o padre ou o bispo que faz o ministério, mas dele participa, pois tal ministério existe antes de qualquer um, por ser de Cristo. Por isso, nunca deve ser inventado, inovado, humanamente originalizado... deve ser conforme Cristo, conforme o que diz a Igreja para que seja simplesmente correspondência fiel e servil ao Senhor. Daí a resposta consciente e sincera: quero com a graça de Deus!
Por ultimo, uma vez ordenados, os novos diáconos se puseram ao lado do bispo para servir pela primeira vez o Altar do Senhor em suas funções específicas que trazem aos olhos o Cristo, Senhor de tudo, que despojou-se de sua Divindade e se fez Servo... obediente até a morte... e nessa condição nos salvou. É contemplando este mistério que vislumbramos no tempo, mais uma vez, a fidelidade do Senhor, perpetuamente Servo, chamando seus seguidores, apontando seu caminho, instruindo seus gestos, inspirando suas ações e encontrando-se com seu Povo.

Pe. Thiago Henrique 
Pároco da Catedral








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