CELEBRAÇÃO DO TRÍDUO PASCAL NA CATEDRAL DIOCESANA DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Os dias em que celebramos os
mistérios centrais de nossa fé, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo,
são marcados por uma espiritualidade contagiante e por uma liturgia irradiante.
Cada ação litúrgica, cada texto proclamado e cada gesto realizado formam um
itinerário mistagógico que vai nos envolvendo no mistério da salvação, o qual
encontra na pessoa de Jesus a sua plena realização.
Na Catedral Diocesana de
Nossa Senhora do Amparo, o Tríduo Pascal deste ano de 2015 foi vivenciado com
toda a intensidade litúrgico-espiritual. Na Quinta-Feira Santa, às 17h, deu-se
início a Missa in Coena Domini (na
Ceia do Senhor) ou, como é conhecida mais popularmente, Missa do Lava Pés,
presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos. Esta Missa recorda a instituição da
Eucaristia, do Sacerdócio e do Mandamento Novo (o amor-serviço). Em sua
homilia, Dom Dulcênio enfatizou a virtude da humildade como característica
própria dos discípulos e discípulas de Jesus que, sendo Mestre e Senhor, lavou
os pés dos discípulos, dando-nos o exemplo (cf. Jo 13,14-15). Concluindo, ele
questionou aos fiéis: “Vocês sabem o que Jesus fez por vocês? Sabem?”, apelando
para a consciência cristã de cada um. Nesta mesma celebração, Dom Dulcênio,
seguindo o gesto do próprio Cristo, lavou os pés de doze homens, representantes
dos Apóstolos.
Às 15h da Sexta-Feira Santa,
teve início a Celebração da Paixão do Senhor, a qual é norteada por um clima
sóbrio e profundo. Este ano, essa celebração foi marcada pela comoção de todo o
mundo por conta da perseguição contra os cristãos, sobretudo no Oriente.
Tradicionalmente, faz-se nesse dia uma coleta em prol da manutenção dos lugares
santos em Jerusalém. Esse gesto ganhou significado ainda maior por conta do
pedido feito pelo Papa Francisco a todos os Bispos, asseverando que essa coleta
também serviria para socorrer os cristãos perseguidos no Médio Oriente. Dom
Dulcênio, fazendo uma analogia entre Cristo crucificado e os cristãos
“crucificados” de hoje, exortou a todos à oração pelos nossos irmãos
perseguidos. Por fim, pediu que todos, ao procederem o beijo da Cruz,
lembrassem dessas palavras: “Creio em Cristo crucificado! Ele se entregou por mim!
Ele estremeceu de dor para que nós exultássemos de alegria!”
Essa “exultação de alegria”
pode ser celebrada e vivenciada na Solene Vigília Pascal, que teve início às
21h do Sábado Santo (liturgicamente, celebrando a vigília do Domingo da
Ressurreição). Partindo das leituras bíblicas, que contam basicamente toda a
história da salvação, Dom Dulcênio anunciou a todos os presentes a grande boa
notícia da noite de Páscoa: “Cristo ressuscitou!” Falou que a vida dos cristãos
deve ser seguida sempre dessa certeza, de que Cristo, o crucificado,
ressuscitou e caminha em nosso meio; por isso, todos nós devemos levar esta boa
nova aos outros com a vida. Ao término da Vigília Pascal, todos saímos pelas
ruas, em procissão, proclamando a ressurreição de Jesus.
Por fim, Dom Dulcênio
agradeceu ao empenho de todos pela bela celebração do Tríduo Pascal na
Catedral: ao Pe. Thiago Henrique (Pároco), Mons. Odilon e Pe. Antônio, pelo
zelo e empenho; aos seminaristas, pela participação e contribuição; e a todos
os fiéis da paróquia que se empenharam nesses momentos centrais da fé cristã.
De sua cátedra, Dom Dulcênio dirigiu aos fiéis presentes, como também a toda a
Diocese, uma “feliz Páscoa!”
Sem. Jacyel Soares
Maciel
4º ano
de Teologia
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