CAMPANHA ARRECADA RECURSOS PARA CISTERNAS EM PROL DE INDÍGENAS EM ALAGOAS


A Cáritas Diocesana (CDPI) e a Diocese de Palmeira dos Índios iniciaram, neste mês de abril, a campanha de captação de recursos para a implantação de cisternas que beneficiarão 42 famílias indígenas das comunidades Gangorra, Januária, Gregório, Batatal e Lajeiro do Couro, no município de Água Branca, Alto Sertão de Alagoas. A intenção da Cáritas é minimizar, com o uso das tecnologias sociais, os efeitos das estiagens prolongadas que atingem a regiões semiárida de Alagoas.
A primeira iniciativa foi realizada junto ao público que vai ser beneficiado, com uma oficina ministrada em parceria com o Coletiva Macambira, onde foram levantados dados socioculturais, discutidos temas relacionados ao gerenciamento de recursos hídricos e convivência com o Semiárido e construídos o tema e o lema da campanha que são, respectivamente, “Campanha de Solidariedade ao Povo Kalankó” e “Eis que eu vejo uma pequena nuvem, como a mão de um homem”(1 Reis, 18:44).
As crianças das comunidades também foram envolvidas em atividades lúdicas, ligadas à cultura indígena. Segundo Simone Lopes, voluntária da CDPI, na oficina foi possível perceber o sentimento de resistência e de luta do povo Kalankó pelo território tradicional, com a vivência, por exemplo, de rituais. Ela ainda ressalta que a memória é muito viva daqueles que participaram das frentes de serviço do governo, em épocas passadas. “Com essa campanha, que tem tudo a ver com a nossa missão institucional e em consonância com o ‘Ano Santo da Misericórdia’, queremos oferecer condições que promovam a dignidade da pessoa humana. A água enquanto direito e a cisterna como instrumento de ruptura da indústria da seca, a primeira, sinal de vida, e, a segunda, convivência com o semiárido”, destaca.
Pessoas físicas e jurídicas poderão fazer doações para a campanha, realizando depósitos na conta 22.222-4, do Banco do Brasil, agência 0136-8, direcionada à Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios.

Povo Kalankó e a Cáritas

As comunidades Kalankó formam uma população de cerca de 390 pessoas e são conhecidas pela convivência harmônica com os “não-índios”, distribuídas nos estados de Alagoas e Bahia. A principal fonte de renda é a agricultura, com a produção de milho e feijão, além da criação de pequenos animais, presente nas pequenas propriedades.
Essa campanha não é a primeira ação da Cáritas junto à população Kalankó. Em outras ocasiões, dentro dessa perspectiva de convivência com o Semiárido, houve a doação de pequenos animais, a partir da metodologia de fundos solidários, bem como a implementação de banco comunitário de sementes e cisternas de Placas de Consumo Humano.

Setor de Comunicação/ Cáritas Brasileira NE2
Kilma Ferreira/Wagner Cesário

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