SEXTA-FEIRA SANTA: VIA SACRA EM P. DOS ÍNDIOS
“Eram
os nossos males que Ele suportava, e as nossas dores que tinha sobre Si”
Com muita devoção e piedade, foi
realizada a Via-Sacra de Nosso Senhor Jesus Cristo na
Sexta-Feira da Paixão, 14 de Abril, dia de penitência e de oração, na Catedral
Diocesana de Palmeira dos Índios. Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo
Diocesano, presidiu a oração da Via-Sacra, juntamente com o Padre Wendel
Assunção, Pároco da Catedral, de onde saiu uma considerável e ingente parcela
do povo de Deus, rumo à Serra do Goití, local de peregrinação onde se encontra
uma imagem do Cristo.
A Via-Sacra é a contemplação do caminho
doloroso percorrido por Jesus a fim de sofrer a Paixão. Jesus, o Filho de Deus,
nascido da Virgem Maria, entregou-se livremente pela humanidade a fim de
salvá-la da corrupção e da morte, garantindo-lhe a perfeição e a vida, mormente
a vida eterna. Contemplar a Paixão de Cristo é uma atitude salutar e fecunda,
porém se torna estéril quando desconexa da Ressurreição. “Nós nos gloriamos na
Cruz de Nosso Senhor” (Gl 6,14), mas, “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa
pregação, e também é vã a nossa fé” (1Cor 15,14). Diante de Jesus, morto e
sepultado, com a esperança da ressurreição, deve-se colocar o sentido da
existência humana, demonstrando nosso amor por Ele, como Maria e o discípulo
amado que permaneceram aos pés da Cruz, e testemunharam a sua ressurreição.
O Senhor Bispo ao contemplar as dores de
Jesus, lembrava das dores que os sertanejos de sua diocese enfrentam por
ocasião da falta de chuva; ao tempo que lançava seu olhar confiante para Deus
na esperança da ressurreição, ansiando por dias melhores. De igual modo,
recordava as dores do povo brasileiro que atravessa a crise de instabilidade
política e econômica.
Rezar a Via-Sacra é estar unido ao Senhor
neste dia santo, aprendendo o que significa ser obediente a Deus e participar
da alegria da Páscoa da ressurreição.
(SEMINARISTA JOSÉ WALTER)
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