ENCERRAMENTO DO ANO DA MISERICÓRDIA NA DIOCESE DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS


Em profunda piedade e devoção a Diocese de Palmeira dos Índios veio celebrando, durante todo este Ano Santo, Jubileu da Misericórdia, as incontáveis maravilhas da inefável misericórdia de Deus. De modo particular, peregrinações se encaminharam para os santuários da misericórdia presentes em todos os setores. Cada paróquia, cada comunidade tornou manifesta sua indubitável confiança nas misericórdias eternas do amor de nosso Deus. 
 Ao termino deste ano de profundíssima experiência com a misericórdia, o último dia 15 de novembro desponta como marco singular nestas manifestações. O povo de Deus, das mais diversas lonjuras, peregrinou até Palmeira dos Índios, sede episcopal, para, festejando o Sacratíssimo Coração de Jesus, proclamarem a integralidade da sua confiança no Cristo de Deus, rosto da misericórdia. Naquela ocasião os membros do Apostolado da Oração celebraram seu encontro diocesano. O transcurso do dia deu razão à rica programação: palestras, louvor, adoração, momentos de convivência fraterna e também confissões.
 O sacramento da confissão teve lugar especialíssimo neste enceramento do ano da misericórdia. Manifestação material da misericórdia. Inúmeros fiéis se reconciliaram naquele dia e, por meio da absolvição sacramental, retornaram à unidade do Corpo Místico de Cristo. Tesouro de incomparável valor, conquanto no ato de reconhecer-se culpado o penitente é ciente de sua sentença, ser objeto do amor divino. 
 Em sua predica, nosso pastor Dom Dulcênio, esclareceu que se amarmos nossos inimigos não teremos inimigos. O amor finda a inimizade. Ninguém ter como inimigo, eis o mandato de Jesus. Ele nos dá o exemplo do amor amando-nos desde nossa inimizade com Deus. Assim o perfeito amor ao próximo, apesar de toda dificuldade, é meio pelo qual se abre a possibilidade de ser melhor. O amor do cristão se dirige ao próximo por amor de Deus, de forma que o mérito do amor ao próximo se localiza em Deus. Quanto mais virmos a Deus em nosso próximo tanto mais os amaremos e de modo mais excelente.
 Misericórdia esta é a palavra que revela o Mistério da Santíssima Trindade. Convidando a todos a abertura do coração, Jesus revela a natureza de Deus pai. Torna claríssima a seguinte condicionante: onde houver um verdadeiro cristão deve haver vivência e encontro com a misericórdia. O discípulo de Jesus deve ser um oásis de misericórdia, pois seu coração fez a experiência da misericórdia.
 A fé e a piedade, fortalecidas pelos sacramentos do Pão da Palavra e do Verbo feito alimento, foram expressas de maneira ainda mais singular na procissão que se seguiu. Nas mãos do bispo, Jesus seguia a frente, junto aos que resgatou pelo seu santíssimo sacrifício de amor. Nas ruas da cidade o povo da misericórdia proclamava, em conformidade com o hino da Virgem: maravilhas fez conosco o Senhor, pois olhou a humildade de seus servos. Chegando a igreja Catedral realizou-se a cerimônia de conclusão do Jubileu. Cantando “A vós, ó Deus, louvamos: confessamos-te como Senhor” todos retornaram a suas casas, certos da bênção recebida naquele dia de feliz memória.  
 A condição de nossa humanidade faz-nos sempre necessitados do perdão de Deus. É somente implorando a Sua Misericórdia que poderemos lográ-lo. Nossa confiança em seu amor se expressa em nossos atos. Faz sermos misericordiosos, imprime em nós as características divinas. Eis nosso testemunho de amor, de misericórdia, que tornamos manifesto na vivência de nossa fé, na comunidade cristã. Homem de fé é aquele que se fez um arauto da misericórdia. Proclamá-la, conduzi-la é seu dever. Somente o testemunho do amor, a que convida-nos Jesus, é que poderá nos capacitar para essa atividade. A isto convida a oração dominical, imitar a capacidade divina de perdoar por amor. Amor Àquele que tudo criou e por Quem tudo amamos.
 Confiando na intercessão da Virgem Maria – Senhora do Amparo, Senhora da Misericórdia – que nos ensina o caminho do amor e do perdão, sigamos certos de que, com doçura maternal, ela nos auxiliará em sua escola, a escola da Misericórdia de seu Filho Jesus. Enfim, rogamos a Deus que permaneça derramando sua misericórdia sobre todo este povo que lhe pertence.
 (SEMINARISTA LUIZ JUNIO F. COUTO)














Comentários

Postagens mais visitadas